quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Condensador - definição e aplicação em sistemas de climatização.

Dando sequência à apresentação dos componentes básicos do sistema de refrigeração, iniciada com o compressor no post sobre o assunto, vamos falar agora dos condensadores.

O condensador é um trocador de calor, e como o nome diz, tem a função de dissipar para o ambiente externo ao sistema de refrigeração o calor absorvido no evaporador e gerado pelo processo de compressão.

O bom funcionamento do sistema de refrigeração depende do desempenho apropriado de seus elementos de refrigeração, que são montados sempre nesta ordem: compressor, condensador, filtro secador, dispositivo de expansão (tubo capilar ou válvula de expansão), evaporador e, fechando-se o ciclo, compressor novamente.

A escolha inadequada do condensador pode gerar consequências negativas para o sistema de refrigeração e compressor.

Quando o condensador é muito pequeno, ocorre perda da capacidade de refrigeração e o sistema não atinge as temperaturas desejadas, uma vez que o trocador de calor não é capaz de dissipar para o ambiente externo todo o calor absorvido no evaporador e gerado durante o processo de compressão.

Como resultado, ocorre o aumento da pressão do lado de alta e, para o compressor garantir a compressão, gera-se um esforço extra no motor (aumento da corrente), mancais e eixo. Assim, aumenta-se o consumo de energia e a temperatura interna do motor, podendo ocasionar a entrada em ação do protetor térmico ou, em alguns casos, o rompimento e carbonização da placa válvula devido à alta pressão e temperatura de descarga (lado de alta).

Vale lembrar ainda que o condensador precisa passar pelo processo de monitoramento e manutenção, fazendo-se periodicamente, ou sempre que necessário, a retirada da poeira ou sujeira acumulada durante o uso. O condensador sujo representa aumento de consumo de energia e perda de capacidade de troca de calor, reduzindo assim a capacidade de refrigeração.
serpentina do condensador de cobre
serpentina do condensador alumínio (micro canal)


Mecanismo de troca de calor e o processo de condensação
Durante o processo de compressão, ocorre naturalmente o aumento da temperatura e pressão do fluido refrigerante. Para a continuidade da refrigeração, é preciso que esse gás se esfrie e condense, virando líquido.
O mecanismo de troca de calor entre o fluido refrigerante e o condensador se dá por meio da passagem do ar, mais frio, ao redor dos tubos do condensador, mais quente, fazendo com que o ar absorva calor pelo processo de convecção.
A condensação estática (processo de convecção natural) é aplicada principalmente em refrigeradores, frigobares, freezers e outras aplicações domésticas.
Já a condensação forçada (processo de convecção forçada) utiliza microventilador, ou motor ventilador,  cuja principal vantagem está no aumento da capacidade de trocar calor pela movimentação do ar forçado pelo ventilador sobre o condensador. 
Entendido o mecanismo de troca de calor, o processo de condensação do fluido refrigerante pode ser divido em três partes que são sequenciais:

1. Resfriamento do gás superaquecido para a temperatura de condensação
Esse processo é caracterizado pela troca de calor com o meio ambiente externo ao condensador que resulta no abaixamento da temperatura do fluido refrigerante. Durante a compressão, as temperaturas na saída do compressor na tubulação de descarga podem chegar a patamares em torno de 100°C em alguns casos. Para que haja a condensação, é preciso que o gás se resfrie até atingir a temperatura de condensação, que varia de acordo com a pressão de descarga. Quanto maior for a pressão de descarga, maior será a temperatura de condensação. A partir do momento em que o fluido atingir tal temperatura, começa-se o processo de condensação.

2. Condensação do fluido refrigerante
Durante o processo de condensação o fluido se encontra na temperatura de saturação referente à pressão de descarga. Nesse ponto, toda a troca de calor do fluido refrigerante com o meio ambiente resulta na condensação do gás, tornando-o líquido. Esse processo libera grande quantidade de calor para o meio ambiente, e é fundamental para o sistema de refrigeração. Quando todo o gás se torna líquido, inicia-se uma nova fase no processo de condensação, que é o sub-resfriamento do líquido refrigerante.

3. Sub-resfriamento do fluido refrigerante
Após o processo de condensação, o líquido continua trocando calor com o ambiente. Mas agora a troca gera alteração na temperatura do líquido, fazendo com que ele se resfrie. Essa troca é realizada até o momento em que o fluido refrigerante passa pelo filtro secador e entra no dispositivo de expansão (tubo capilar ou válvula de expansão).

fonte (http://www.clubedarefrigeracao.com.br/downloads/condensador)

Continue a acompanhar o meu blog, em breve mais informações!! Espero que tenha ajudado!

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Forte abraço,

Gabriel Carvalho
Consultor de equipamentos VRF, climatização e refrigeração residencial.  

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